segunda-feira, 25 de junho de 2018

ONDE ESTÃO AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA O TRANSPORTE DE CARGAS E PASSAGEIROS NO BRASIL???


AFROUXANDO AS LEIS DOS AGROTÓXICOS

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Estão querendo reformular a lei dos agrotóxicos. O Projeto de Lei 6299/02 muda de forma significativa diversos aspectos da antiga lei, mais restritiva em relação ao registro e uso de agrotóxicos no país. A primeira grande mudança está no próprio nome: agrotóxico. Querem mudar para defensivo fitossanitário e produto de controle ambiental. Sou Engenheiro Agrônomo e, tecnicamente, seria uma mudança correta, mas em um país onde as leis não são consideradas em muitos casos, teríamos, com certeza, um grande problema. Nenhum agrotóxico pode sair da revenda sem a emissão do receituário agronômico emitido por um Engenheiro Agrônomo. Até este ponto poucas são as infrações cometidas, mas quando o produto sai da loja para ser utilizado pelo agricultor no campo, infelizmente, começam os problemas. O uso dos agrotóxicos no campo também necessita de acompanhamento técnico, um responsável técnico para que o  descrito no rótulo do produto e no receituário seja realmente aplicado, mas na prática, na grande maioria dos casos, isto não acontece. Leigos manipulam produtos químicos de alta toxidade no campo de forma descuidada e aleatória, por conta do desconhecimento das implicações do mau uso dos agrotóxicos tanto para sua própria vida quanto para as questões ambientais e a saúde do consumidor final.  A palavra agrotóxico assusta, mudando até mesmo o comportamento de alguns em relação ao seu manuseio. A mudança para produtos fitossanitários pode promover um relaxamento coletivo natural em relação aos produtores que usam de forma constante estes produtos químicos, com a saída do nome “tóxico” do produto.  Podemos comparar o comportamento do agricultor com o comportamento de pessoas que possuem vários parceiros sexuais. Quando a imprensa iniciou a divulgação sobre o vírus da Aids, a sua transmissão e que poderia levar as pessoas a morte, a recomendação do uso de preservativos foi unanime e a sua adoção também, acarretando na queda do número de casos. Quando se noticiou na imprensa a “possível” descoberta de uma vacina para esta doença, o relaxamento voltou com a redução do uso de preservativos e aumento dos casos de Aids.  

Diferente dos remédios que são vendidos nas farmácias nas doses e concentrações diluídas pré determinadas, os agrotóxicos são vendidos concentrados, necessitando ser diluído nos tanques antes de sua aplicação. Infelizmente, não acredito que estamos preparados culturalmente para esta mudança. O nome agrotóxico deve permanecer pois os agrotóxicos são manipulados por um grupo da população do meio rural onde a grande maioria não apresenta nível de instrução suficiente para entender a gravidade do manejo errado deste produto, para ele, para a sociedade e para o meio ambiente. No próximo artigo vamos comentar sobre os demais pontos desta polêmica mudança.

terça-feira, 19 de junho de 2018

OS ASSUSTADORES AVANÇOS DA GENÉTICA

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No século XIX, Gregor Johann Mendel, com suas observações e pesquisas utilizando plantas (as ervilhas são as mais famosas), descobriu o poder da genética  na constituição do indivíduo  e das suas características. Este pequeno passo dado a aproximadamente  150 anos atrás, abriu as portas para o que chamamos na agropecuária de melhoramento genético. O homem percebeu que retirando o pólen da flor de uma planta  e colocando em uma outra flor da mesma espécie, conseguia-se transferir informações genéticas importantes como a resistência a pragas e doenças, aumento da concentração de nutrientes e, principalmente, aumento da produtividade.  Na lógica dos genes, os cruzamentos são limitados  aos mesmos indivíduos como milho com milho ou feijão com feijão.  Com os avanços dos estudos genéticos e o aprimoramento do conhecimento do DNA, os pesquisadores perceberam que é possível realizar a troca de material genético entre indivíduos totalmente diferentes e até mesmo de reinos diferentes.  Há alguns anos atrás, pesquisadores conseguiram inserir  no DNA de ratos de laboratório sequências gênicas de uma água viva.  Estes genes são responsáveis pela capacidade da água viva apresentar no seu metabolismo o processo da fluorescência, ou seja, as águas vivas brilham em ambiente de pouca luz. Ao inserir o material genético no DNA do rato, o pequeno roedor adquiriu a capacidade de, literalmente, brilhar no escuro.
O desenvolvimento de materiais  clonados foi outro grande avanço genético.  Com a utilização desta técnica, os pesquisadores  conseguem gerar animais  geneticamente semelhantes, em diversos estágios de desenvolvimento.  Como se irmãos gêmeos  fossem gerados não em um único momento, mas em momentos diferentes.  Nas plantas os processos genéticos  também avançaram, e muito. São as chamadas plantas transgênicas ou plantas modificadas geneticamente. Você pode não saber mas os alimentos transgênicos  já fazem parte de sua dieta diária e até mesmo, da dieta do seu animal de estimação.  No próximo artigo vamos comentar sobre os alimentos transgênicos  no nosso dia a dia e a avaliação em relação aos riscos para a saúde.  

terça-feira, 12 de junho de 2018

INTOXICAÇÃO ALIMENTAR: UM MAL PRESENTE NA VIDA DO BRASILEIRO


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O Brasil é um país continental com temperaturas muito variáveis entre regiões e épocas do ano e apesar destas variações, na maior parte do tempo, as temperaturas são elevadas; muito elevadas. Por conta desta condição climática, podemos observar em casa que os alimentos se degradam muito rapidamente, principalmente quando mantido na temperatura ambiente, sem refrigeração. Esta degradação acontece devido ao rápido desenvolvimento dos microrganismos como fungos e bactérias. Em alguns casos a degradação do alimento não é visível, mas conseguimos identificar pelo seu odor, o seu cheiro. Em alguns alimentos não conseguimos perceber sua alteração, sendo estes casos são os mais graves pois perdemos a nossa capacidade de julgamento, ficando sujeitos a avaliações menos específicas como tempo em que o alimento foi comprado, como ele foi armazenado, data de validade, etc. A ingestão de alimentos que tenham sua integridade comprometida pelo desenvolvimento microbiológico pode acarretar problemas de longo e médio prazo como danos ao fígado e outros órgãos, e problemas imediatos, principalmente no sistema digestivo acarretando dor de cabeça, febre, vômito e diarreia. Dependendo do microrganismo e da toxina produzida, pode acarretar até mesmo a morte do indivíduo, principalmente os mais vulneráveis, que tem a saúde debilitada, as crianças e os idosos.
Segundo a vigilância sanitária, foram registrados no Brasil entre 2007 e 2017 mais de 100 mil casos de pessoas que sofreram com algum tipo de intoxicação alimentar e que foram atendidos no sistema de saúde. Os surtos (onde grupos de pessoas são intoxicadas pela mesma fonte de alimento ou água) registrados neste mesmo período foram mais de 7100. Com certeza, o número de casos é maior, considerando que muitas pessoas fazem o tratamento em casa, sem que ocorra o seu registro. Dos surtos de intoxicação alimentar identificados, foram constatados em 96% deles, a presença de bactérias características da falta de higiene com o manuseio do alimento, como a Escherichia coli, Stafilococcus, Salmonella e Coliformes, presentes em nossas fezes e de animais.
Os alimentos  devem ser conservados sempre em baixas temperaturas e as consumidas in natura, como as folhosas, tomates, agrião, além de lavadas devem ser tratadas com hipoclorito de sódio, a famosa água sanitária, misturada a água para eliminar estes agentes causadores de doenças. Na dúvida, não consuma o alimento pois o estrago pode ser grande.

terça-feira, 5 de junho de 2018

DIA DO MEIO AMBIENTE É TODO DIA

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Dia cinco de junho é comemorado o dia mundial do meio ambiente. Um dia para reflexão sobre tudo que já foi feito, de bom e de mau, em relação ao planeta, seus seres vivos seus ciclos biogeoquímicos, recursos naturais e até a nós mesmos, afinal, somos parte integrante do meio ambiente. Mas quando falamos em ações ambientais temos o nosso foco nas reuniões internacionais onde os lideres mundiais se reúnem durante dias para discutir, discutir e....discutir. Contamos que decisões concretas e importantes  sejam obtidas nestas reuniões, que sejam postas em prática e que tenham como objetivos a redução das agressões ambientais ao planeta. Apesar destas reuniões internacionais periódicas os pesquisadores do clima espalhados pelo planeta continuam a afirmar que as medidas e ações tomadas são insuficientes e que as mudanças do clima são uma realidade.
E a população? Acompanhamos as noticias destas reuniões internacionais, analisamos suas conclusões, criticamos a falta de consenso, o predomínio do discurso capitalista, considerando que ninguém quer abrir mão do desenvolvimento em detrimento do meio ambiente, ou criar modelos de ajustes lentos de modo a não comprometer a economia ou a soberania da economia mundial.  Somos muito bons para criticar os outros, mas o que fazemos para mudar? A economia mundial só funciona porque nós, consumidores estamos na ponta da cadeia de consumo. Compramos com frequência roupas novas, sapatos, celulares, carros e outros bens de consumo que mantém toda a máquina econômica mundial funcionando. Não nos preocupamos se uma empresa produz de forma ambientalmente adequada ou se ela é uma grande poluidora. A China é hoje uma dos países mais poluidores do mundo, mas nem por isto deixamos de consumir produtos chineses, pelo contrário, os produtos que saem do outro lado do mundo chegam ao Brasil mais baratos do que os nossos produtos e ninguém se pergunta por que.  Além da produção em escala sem comprometimento ambiental ainda temos o trabalho quase que escravo da sua mão de obra, sem qualquer garantia. Em diversas partes do mundo produtos chineses chegam as residências pelos correios com pedidos de socorro dos funcionários daquele país sob alegação de escravidão. E o que nós fazemos? Continuamos a consumir os produtos chineses por conta de seu menor custo. Grandes empresas mundiais estão preocupadas com isto? Não! Pelo contrario, se instalaram naquele país, pois ficam praticamente isentos de problemas trabalhistas.
Reclamamos dos outros, mas não cumprimos o nosso papel. Achamos que a culpa é sempre do vizinho, nunca nossa. Se não começarmos a pensar de uma forma mais ampla, sobre o ciclo produtivo do que consumimos, estaremos contribuindo para que o setor econômico mundial continue a pensar da mesma forma, apenas pelo viés econômico, colocando as questões ambientais em segundo plano.

segunda-feira, 4 de junho de 2018

O SEU ALIMENTO ESTÁ MATANDO VOCÊ?


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Todos nós procuramos balancear a nossa alimentação visando a melhoria da qualidade de vida. Procuramos alimentos saudáveis e não industrializados para compor o nosso prato, principalmente os hortigranjeiros. Folhosas verdes, cenoura, beterrabas, dentre outros produtos. Em muitos casos, visando evitar a perda dos nutrientes, consumimos os alimentos in natura. Tomate, couve, cenoura, dentre outros.  Mas, como temos a vida corrida no dia a dia, adquirimos estes produtos diretamente das gondolas dos mercados, produtos que desconhecemos o seu sistema de produção.  A produção dos alimentos da horticultura não é simples e fácil, principalmente em sistemas comerciais. É preciso uma grande quantidade de mão de obra e gastos com sementes, fertilizantes, irrigação e agrotóxicos. Estas culturas são muito sensíveis ao ataque de pragas e doenças e, para o consumidor, mais importante que o preço é a aparência do produto.  Para o produtor, quanto pior a aparência do produto menor será o seu ganho e, em muitos casos, prejuízo.  Para evitar as perdas de produção e na venda dos seus produtos usa-se os agrotóxicos para controlar as pragas e doenças.  Muitos destes agrotóxicos são aplicados de forma preventiva, ou seja, antes da praga ou doença aparecer.  Isto ocorre porque depois que o dano for causado não tem volta, mesmo que eu elimine o agente que causou o dano.  Por exemplo, uma lagarta que se alimentou de uma folha de couve formando vários buracos. Elimino a lagarta mas os buracos continuarão. Por conta disto o produtor rural tem que evitar que a lagarta apareça se desenvolva, antes que ela inicie o dano na folha.
Como a carga de agrotóxicos nestes produtos no campo é elevada, muitas vezes, o produto chega a gondola do mercado com resíduos de agrotóxicos acima do permitido, conforme podemos observar em vários estudos feitos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a ANVISA.  O fato de ingerirmos os alimentos crus, in natura, é saudável pelo aspecto nutricional mas pode ser um problema se o alimento possuir resíduos de agrotóxicos. Devemos lembrar que a ingestão destes alimentos contaminados dificilmente causará danos imediatos, mas a médio e longo prazo, principalmente com a ingestão continuada. Alguns pesquisadores defendem a teoria de que a maioria das doenças como tumores e câncer nas pessoas de idade mais elevada são derivadas principalmente da alimentação por conta de alterações celulares causadas pelos agrotóxicos residuais. No próximo artigo daremos continuidade ao assunto.