quarta-feira, 25 de julho de 2018

MEDO DA FEBRE AMARELA? O VÍRUS DA GRIPE MATA MUITO MAIS


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O homem, os animais e as plantas são seres vivos bastante complexos. Somos formados por pequenas estruturas chamadas células que realizam infinitas reações químicas e bioquímicas necessárias ao funcionamento do nosso corpo. Apesar da grande eficiência, as nossas células não trabalham sozinhas, mas em conjunto. O fígado, por exemplo, é formado por milhões de células que trabalhando juntas, tem a sua função no nosso organismo. Uma única célula do fígado não seria capaz de fazer o trabalho de todo o órgão.  Mas, existem seres vivos formados de apenas uma única célula: as bactérias. Para este pequeno microrganismo, uma célula é um ser capaz de fazer tudo que ele precisa, pois possuem estruturas internas que realizam as reações químicas e bioquímicas que necessita. E o vírus? Este indivíduo é muito pequeno e simples. Não possui organelas internas, não é capaz de realizar reações bioquímicas independentes como as outras células, não se reproduz, não faz nada quando está sozinho no meio ambiente, mas quando encontra um hospedeiro... É um ser com grande capacidade de infectar os seres vivos.

Apesar de sua estrutura simples, o vírus possui o que é mais importante para todo ser vivo: o material genético. Devido a incapacidade de se reproduzir no ambiente, o vírus procura células de outros seres vivos, também chamados de hospedeiros, para que elas façam a sua multiplicação, ou seja, os vírus utilizam células vivas para produzir novos vírus. Em primeiro lugar o vírus escolhe através de identificação bioquímica a célula que será infectada. Os vírus que tem capacidade de contaminar indivíduos de espécies diferentes são mais problemáticos pois são mais difíceis de controlar como é o caso da gripe aviária que ataca aves e o homem.

Existem diversas formas de contaminação por vírus: pelo ar, contato, secreção, dentre outras. No organismo vivo, os vírus ao encontrarem o hospedeiro certo começam a se ligar as suas células. O seu material genético é injetado para dentro da célula e em alguns casos, o vírus inteiro penetra na célula. Dentro daquele paraíso, o vírus trata de encontrar a parte inteligente da célula, o seu  material genético. Quando o vírus se liga ao material genético, a célula do hospedeiro passa a trabalhar para o vírus, fazendo tudo que ele precisa, ou seja, produzir novos vírus. Com o tempo, as células são destruídas para a liberação destes novos vírus no corpo do hospedeiro que irão contaminar novas células. O grande problema do vírus é o seu material genético, pois ele se incorpora ao material genético do hospedeiro e ambos se tornam um único indivíduo. Quando um vírus novo entra no nosso organismo, praticamente não temos defesa pois os anticorpos não reconhecem este vírus e ele infecta tranquilamente as nossas células. As vacinas servem para imunizar os indivíduos, alertando o nosso organismo a reconhecer o vírus antes dele entrar nas células e contaminá-las.

A mutação é outra característica do vírus. Quando a situação nos hospedeiros não é favorável devido aos medicamentos e outros fatores, ele cria novos indivíduos com características genéticas e bioquímicas diferentes e adaptados a nova situação. Em função disto os medicamentos perdem o seu efeito sendo necessário o desenvolvimento de novos medicamentos.

            Este ano o vírus da gripe está muito mais agressivo. Até meados de 2018, a gripe já matou 839 pessoas, 68% a mais que todo o ano de 2017, segundo o Ministério da Saúde. O tipo H1N1, o mais agressivo, levando a óbito em todas as idades, mas muitas destas mortes foram de pessoas que não estão nos grupos considerados de risco como diabéticos, idosos e grávidas, e isto preocupa. Além das mudanças e adaptações dos vírus, o ambiente também interfere no seu processo de infecção como o frio. A saída para reduzir o risco das infecções? Vacinação. Nos últimos anos corremos desesperados para vacinar contra a febre amarela, mesmo sabendo que era a febre amarela silvestre. Só para lembrar: numericamente a gripe mata muito mais.  

segunda-feira, 23 de julho de 2018

OS ALTOS IMPOSTOS E O FREIO DA ECONOMIA BRASILEIRA




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O Brasil é um dos países que possui a maior carga tributária do planeta. São cerca de 90 tributos e impostos entre PIS, CONFINS, ICMS, IPI, e outras dezenas. Chegamos ao ponto de pagar imposto de imposto. Tudo isto pesa no bolso do consumidor final que reduz seu consumo por conta do elevado custo do produto. E os nossos governantes insistem em aumentar a arrecadação com o aumento dos impostos, forçando cada vez mais a redução do consumo das classes menos favorecidas. Vamos analisar uma única cadeia produtiva, dos televisores. No preço final de um televisor estão embutidos impostos e tributos na ordem de 45%, ou seja, em uma televisão de 50 polegadas que tem o preço final de 2.000 reais, o consumidor está pagando 900 reais de impostos. Vamos imaginar que os governos reduzam pela metade os impostos cobrados na TV. O preço final ao consumidor cairia em 450 reais e a TV passaria a custar 1.550 reais. Vamos supor que com esta medida, a venda de televisores aumentasse em torno de 70%. De imediato o governo perderia na arrecadação direta de impostos, mas vamos analisar a cadeia produtiva. A fábrica de televisores teria que produzir mais e com isto arrecadaria mais e o governo teria sua arrecadação aumentada na fábrica. Esta mesma fábrica teria que gerar mais empregos para fabricar mais televisores. Mais assalariados de carteira assinada, mais impostos para o governo. As empresas fornecedoras de matéria prima e insumos também teriam que aumentar a produção com mais arrecadação e mais empregos. Consequência? Governos arrecadando mais.  As famílias poderiam trocar seus televisores por modelos mais modernos com mais frequência, abrindo um gigantesco espaço para as empresas de reciclagem que surgiriam arrecadando mais e gerando mais empregos e mais impostos. A prestação de serviços indireta como as de tv a cabo e lojas de concertos também seriam potencializadas assim como as empresas de transporte teriam uma maior dinâmica tendo que comprar mais caminhões e contratar mais motoristas devido ao aumento da carga transportada. Consequência? aumento da arrecadação de impostos.
É assim que a roda da economia funciona, com todos trabalhando, todos ganhando, todos gastando e o governo arrecadando para investir em infra estrutura e bem estar da população. Um país com uma economia saudável funciona desta forma. Os bens de capital, de serviço e os recursos financeiros tem que circular. Se as pessoas estão sem recursos financeiros elas não gastam e consequentemente as vendas caem gerando mais desemprego. Deste jeito, retornaremos a época do escambo, onde não existia dinheiro apenas a troca de serviços e produtos. Imagine você pintar uma casa e receber cinco frangos como pagamento. Infelizmente o nosso modelo tributário é cruel com os mais pobres, a grande maioria da população brasileira.

sábado, 21 de julho de 2018

O PÚBLICO E O PRIVADO: SEM PARCERIA O BRASIL NÃO AVANÇA

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Há alguns anos atrás fomos procurados por uma empresa. A empresa recolhe ácido sulfúrico de baterias usadas e procurava uma alternativa para seu uso. Após algumas pesquisas descobrimos que as empresas de celulose produzem a lama de cal como resíduo do processo de fabricação. Após vários ensaios e reações químicas chegamos ao gesso agrícola que além de atuar como condicionador de solo atua também corrigindo alguns outros fatores químicos do solo em substituição parcial do calcário. Mas vamos ao que interessa: a tecnologia hoje está patenteada e a empresa Antares Ambiental do Paraná está produzindo e comercializando o Ecogesso® marca registrada pela empresa e  comercializada no interior do Paraná e de São Paulo. Atualmente ajustamos o modelo de produção para gesso de construção civil que também está patenteada. Dois resíduos industriais sendo utilizados para a geração de novos produtos. Este é apenas um dos exemplos do trabalho do Grupo de Pesquisa Reaproveitamento de Resíduos Industriais onde já desenvolvemos outras tecnologias para empresas em relação ao reuso de seus resíduos que tinham como destino os aterros industriais.

O país tem milhares de pesquisadores capacitados para o desenvolvimento de novas tecnologias. Eles estão espalhados pelas centenas de Universidades Federais, Estaduais e até mesmo nas instituições privadas, assim como nos centros de pesquisa com laboratórios estruturados e equipados. Mas o que vemos são as empresas buscando estas tecnologias no exterior. Priorizam investir fora do Brasil em busca do desenvolvimento tecnológico. A nossa balança comercial é o reflexo deste comportamento. O saldo da balança comercial para produtos de tecnologia é altamente negativo, ou seja, compramos muito mais produtos tecnológicos do que vendemos para o exterior. O Brasil precisa de leis mais eficientes visando fortalecer a parceria público privado no campo da ciência e tecnologia.  O Brasil é um dos países onde a iniciativa privada menos investe neste setor, com as pesquisas altamente dependentes dos recursos do setor público, diferentemente dos tigres asiáticos onde a iniciativa privada investiu pesado no desenvolvimento tecnológico. Enquanto exportamos uma tonelada de soja a mil reais, importamos uma dose de vacina de poucas miligramas a dez mil reais. Esta é a diferença de um país com alto desenvolvimento tecnológico para um país que produz produtos de baixo impacto tecnológico. Esperamos que o nosso próximo presidente reveja suas prioridades no setor da ciência e da tecnologia.