terça-feira, 5 de junho de 2018

DIA DO MEIO AMBIENTE É TODO DIA

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Dia cinco de junho é comemorado o dia mundial do meio ambiente. Um dia para reflexão sobre tudo que já foi feito, de bom e de mau, em relação ao planeta, seus seres vivos seus ciclos biogeoquímicos, recursos naturais e até a nós mesmos, afinal, somos parte integrante do meio ambiente. Mas quando falamos em ações ambientais temos o nosso foco nas reuniões internacionais onde os lideres mundiais se reúnem durante dias para discutir, discutir e....discutir. Contamos que decisões concretas e importantes  sejam obtidas nestas reuniões, que sejam postas em prática e que tenham como objetivos a redução das agressões ambientais ao planeta. Apesar destas reuniões internacionais periódicas os pesquisadores do clima espalhados pelo planeta continuam a afirmar que as medidas e ações tomadas são insuficientes e que as mudanças do clima são uma realidade.
E a população? Acompanhamos as noticias destas reuniões internacionais, analisamos suas conclusões, criticamos a falta de consenso, o predomínio do discurso capitalista, considerando que ninguém quer abrir mão do desenvolvimento em detrimento do meio ambiente, ou criar modelos de ajustes lentos de modo a não comprometer a economia ou a soberania da economia mundial.  Somos muito bons para criticar os outros, mas o que fazemos para mudar? A economia mundial só funciona porque nós, consumidores estamos na ponta da cadeia de consumo. Compramos com frequência roupas novas, sapatos, celulares, carros e outros bens de consumo que mantém toda a máquina econômica mundial funcionando. Não nos preocupamos se uma empresa produz de forma ambientalmente adequada ou se ela é uma grande poluidora. A China é hoje uma dos países mais poluidores do mundo, mas nem por isto deixamos de consumir produtos chineses, pelo contrário, os produtos que saem do outro lado do mundo chegam ao Brasil mais baratos do que os nossos produtos e ninguém se pergunta por que.  Além da produção em escala sem comprometimento ambiental ainda temos o trabalho quase que escravo da sua mão de obra, sem qualquer garantia. Em diversas partes do mundo produtos chineses chegam as residências pelos correios com pedidos de socorro dos funcionários daquele país sob alegação de escravidão. E o que nós fazemos? Continuamos a consumir os produtos chineses por conta de seu menor custo. Grandes empresas mundiais estão preocupadas com isto? Não! Pelo contrario, se instalaram naquele país, pois ficam praticamente isentos de problemas trabalhistas.
Reclamamos dos outros, mas não cumprimos o nosso papel. Achamos que a culpa é sempre do vizinho, nunca nossa. Se não começarmos a pensar de uma forma mais ampla, sobre o ciclo produtivo do que consumimos, estaremos contribuindo para que o setor econômico mundial continue a pensar da mesma forma, apenas pelo viés econômico, colocando as questões ambientais em segundo plano.

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