Ser
político é muito mais que fazer política. Muitos querem entrar na política pelo
poder que a atividade teoricamente dá ao indivíduo, o controle do sistema e sem
contar, outros benefícios. Viajam para
capital para reunião com o governador, para Brasília, como presidente e
ministros, tiram fotos, fazem selfies, publicam nas redes sociais, falam de
planos futuros, projetos, mas que, muitas vezes, não saem do papel. Não
enxergam perspectivas e oportunidades e apenas observam a sua cidade minguando
a cada dia com as receitas cada vez mais reduzidas, não conseguindo, em muitos
casos pagar o básico; o salário dos seus servidores e os serviços básicos que
um município precisa. Com isto os jovens da cidade sem perspectiva, procurar
novas oportunidades fora, nos grandes centros e as cidades de origem arrecadando
cada vez menos.
Paralelo
a isto o Brasil está abrindo as fronteiras para o comércio exterior. Aberturas
com a China em relação a carne e a produtos lácteos, União Européia e
recentemente os Emirados Árabes que disponibilizou 10 bilhões de dólares de seu
fundo financeiro para investimentos no Brasil em infraestrutura. Internamente,
corte de juros, o compartilhamento dos recursos do pré sal, as mudanças nos
regimes tributário, fiscal, dentre outros. Se as perspectivas são positivas
somente o tempo dirá e se soubermos nos adequar a esta nova realidade nacional.
Vejo
muitos municípios do Estado com grande potencial para se inserirem nesta nova
realidade econômica, que poderiam ser muito mais do que são hoje, com índices
de desenvolvimento humano que não condizem com seu verdadeiro potencial. Pelo
seu tamanho territorial, seu potencial produtivo, sua proximidade com os modais
viários, sua localização geográfica, sua condição climática, de solos,
topográfica, sua proximidade com centros educacionais e seus recursos naturais.
Apesar dos seus diversos aspectos favoráveis ao desenvolvimento sustentável e a
industrialização, muitos continuam sem perspectivas de crescimento e
desenvolvimento. É neste momento que surge o verdadeiro gestor público, ou o
político eficiente. O seu papel é pensar e saber coordenar projetos e ações que
sejam modelos para a melhoria da qualidade de vida da população.
As
eleições municipais estão chegando, novamente. Vamos eleger gestores que tenham
projetos concretos, viáveis e que incluam planos desenvolvimentistas para a
região. Chega de acreditar em palanque com discursos de saúde para todos,
educação para todos, segurança para todos, emprego para todos. Onde está o
projeto? Como será realizado? De onde virão os recursos? Temos que apostar em
líderes políticos que saibam de verdade conduzir os processos de
desenvolvimento regional, caso contrário, o processo se torna apenas
politicagem.
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