No Brasil já temos a primeira usina de produção
de etanol de 2ª geração, o etanol que não é produzido do caldo da cana mas da
palhada que sobra da colheita da cana de açúcar. Esta usina é a terceira do
mundo a funcionar. As outras estão na Itália e nos Estados Unidos. O etanol de
2ª geração oriundo de materiais não convencionais como palha e bagaço de cana,
restos de eucalipto e outros materiais lenhosos já é uma realidade e com o
avanço das pesquisas será uma nova fonte de energia combustível, principalmente
para veículos automotivos. Um dos
principais desafios para uma ampla adoção desta tecnologia está no custo de
produção que ainda é elevado, mas com o avanço das pesquisas científicas, em breve
poderá se tornar comercial.
O álcool convencional tem origem na fermentação
do caldo da cana de açúcar, rico em sacarose, processo amplamente conhecido no
Brasil. O álcool de segunda geração tem como principais matérias primas dois
compostos muito comuns nas plantas: a hemicelulose e a celulose, esta última em
maior quantidade. Estas estruturas são os principais componentes da parede
celular das plantas e tem como estrutura básica, o mesmo açúcar que é extraído
no caldo de cana. Apesar de parecer simples, existem dois grandes problemas
para transformar a celulose e a hemicelulose em açúcar: as suas complexas
estruturas químicas e a retirada de uma outra substância que está presente na
parede celular das plantas e que atua como uma cola: a lignina. As pesquisas
mostraram que é possível retirar esta substância da parede celular e quebrar a
estrutura da celulose e hemicelulose transformando-as em açúcar, mas a um custo
elevado. Apesar disto, pesquisadores brasileiros desenvolvem tecnologia que
irão baratear estes processos.
As pesquisas brasileiras no setor de alimentos
e produção de biocombustíveis sempre foram de ponta com resultados cada vez
mais animadores no desenvolvimento de novas tecnologias de produção de etanol.
O Brasil tem como principal sustentação da sua economia o agronegócio. O campo
gera uma quantidade ilimitada de resíduos orgânicos que podem ser transformados
em biocombustível mas que dependem do desenvolvimento de tecnologias adequadas
para que possam ser viáveis comercialmente, de qualidade e de baixo custo.
Produzindo álcool de custo acessível poderíamos
incentivar o uso deste combustível que praticamente não polui, reduzindo ou até
mesmo extinguindo o uso de combustível fóssil como a gasolina que polui de
forma intensa a nossa atmosfera. Só para efeito de comparação, o Brasil
consumiu em 2013, 137 bilhões de litros de gasolina, 59 bilhões de litros de
óleo diesel, e apenas 2,9 bilhões de litros de biodiesel e de etanol, 21
bilhões de litros.
Vamos torcer para que em um futuro próximo os
biocombustíveis possam assumir o lugar de destaque que hoje é ocupado pelos
combustíveis fósseis. Será uma de nossas contribuições para redução dos
impactos do aquecimento global.
2 comentários:
Me parece que o texto está duplicado, melhor corrigir.
obrigado pela informação.....colou duas vezes....
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