AGROPECUÁRIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
sábado, 28 de julho de 2018
quarta-feira, 25 de julho de 2018
MEDO DA FEBRE AMARELA? O VÍRUS DA GRIPE MATA MUITO MAIS
O homem, os
animais e as plantas são seres vivos bastante complexos. Somos formados por
pequenas estruturas chamadas células que realizam infinitas reações químicas e
bioquímicas necessárias ao funcionamento do nosso corpo. Apesar da grande
eficiência, as nossas células não trabalham sozinhas, mas em conjunto. O fígado,
por exemplo, é formado por milhões de células que trabalhando juntas, tem a sua
função no nosso organismo. Uma única célula do fígado não seria capaz de fazer o
trabalho de todo o órgão. Mas, existem
seres vivos formados de apenas uma única célula: as bactérias. Para este pequeno
microrganismo, uma célula é um ser capaz de fazer tudo que ele precisa, pois
possuem estruturas internas que realizam as reações químicas e bioquímicas que necessita.
E o vírus? Este indivíduo é muito pequeno e simples. Não possui organelas
internas, não é capaz de realizar reações bioquímicas independentes como as
outras células, não se reproduz, não faz nada quando está sozinho no meio
ambiente, mas quando encontra um hospedeiro... É um ser com grande capacidade de
infectar os seres vivos.
Apesar de sua estrutura
simples, o vírus possui o que é mais importante para todo ser vivo: o material
genético. Devido a incapacidade de se reproduzir no ambiente, o vírus procura
células de outros seres vivos, também chamados de hospedeiros, para que elas
façam a sua multiplicação, ou seja, os vírus utilizam células vivas para
produzir novos vírus. Em primeiro lugar o vírus escolhe através de
identificação bioquímica a célula que será infectada. Os vírus que tem capacidade
de contaminar indivíduos de espécies diferentes são mais problemáticos pois são
mais difíceis de controlar como é o caso da gripe aviária que ataca aves e o
homem.
Existem diversas
formas de contaminação por vírus: pelo ar, contato, secreção, dentre outras. No
organismo vivo, os vírus ao encontrarem o hospedeiro certo começam a se ligar
as suas células. O seu material genético é injetado para dentro da célula e em
alguns casos, o vírus inteiro penetra na célula. Dentro daquele paraíso, o
vírus trata de encontrar a parte inteligente da célula, o seu material genético. Quando o vírus se liga ao
material genético, a célula do hospedeiro passa a trabalhar para o vírus,
fazendo tudo que ele precisa, ou seja, produzir novos vírus. Com o tempo, as
células são destruídas para a liberação destes novos vírus no corpo do
hospedeiro que irão contaminar novas células. O grande problema do vírus é o
seu material genético, pois ele se incorpora ao material genético do hospedeiro
e ambos se tornam um único indivíduo. Quando um vírus novo entra no nosso
organismo, praticamente não temos defesa pois os anticorpos não reconhecem este
vírus e ele infecta tranquilamente as nossas células. As vacinas servem para
imunizar os indivíduos, alertando o nosso organismo a reconhecer o vírus antes
dele entrar nas células e contaminá-las.
A mutação é
outra característica do vírus. Quando a situação nos hospedeiros não é
favorável devido aos medicamentos e outros fatores, ele cria novos indivíduos
com características genéticas e bioquímicas diferentes e adaptados a nova
situação. Em função disto os medicamentos perdem o seu efeito sendo necessário
o desenvolvimento de novos medicamentos.
Este ano o vírus da gripe está muito
mais agressivo. Até meados de 2018, a gripe já matou 839 pessoas, 68% a mais
que todo o ano de 2017, segundo o Ministério da Saúde. O tipo H1N1, o mais
agressivo, levando a óbito em todas as idades, mas muitas destas mortes foram
de pessoas que não estão nos grupos considerados de risco como diabéticos,
idosos e grávidas, e isto preocupa. Além das mudanças e adaptações dos vírus, o
ambiente também interfere no seu processo de infecção como o frio. A saída para
reduzir o risco das infecções? Vacinação. Nos últimos anos corremos
desesperados para vacinar contra a febre amarela, mesmo sabendo que era a febre
amarela silvestre. Só para lembrar: numericamente a gripe mata muito mais.
segunda-feira, 23 de julho de 2018
OS ALTOS IMPOSTOS E O FREIO DA ECONOMIA BRASILEIRA
O Brasil é um dos países que possui a maior
carga tributária do planeta. São cerca de 90 tributos e impostos entre PIS,
CONFINS, ICMS, IPI, e outras dezenas. Chegamos ao ponto de pagar imposto de imposto.
Tudo isto pesa no bolso do consumidor final que reduz seu consumo por conta do
elevado custo do produto. E os nossos governantes insistem em aumentar a
arrecadação com o aumento dos impostos, forçando cada vez mais a redução do
consumo das classes menos favorecidas. Vamos analisar uma única cadeia
produtiva, dos televisores. No preço final de um televisor estão embutidos
impostos e tributos na ordem de 45%, ou seja, em uma televisão de 50 polegadas
que tem o preço final de 2.000 reais, o consumidor está pagando 900 reais de
impostos. Vamos imaginar que os governos reduzam pela metade os impostos
cobrados na TV. O preço final ao consumidor cairia em 450 reais e a TV passaria
a custar 1.550 reais. Vamos supor que com esta medida, a venda de televisores
aumentasse em torno de 70%. De imediato o governo perderia na arrecadação direta
de impostos, mas vamos analisar a cadeia produtiva. A fábrica de televisores
teria que produzir mais e com isto arrecadaria mais e o governo teria sua arrecadação
aumentada na fábrica. Esta mesma fábrica teria que gerar mais empregos para
fabricar mais televisores. Mais assalariados de carteira assinada, mais
impostos para o governo. As empresas fornecedoras de matéria prima e insumos
também teriam que aumentar a produção com mais arrecadação e mais empregos.
Consequência? Governos arrecadando mais. As famílias poderiam trocar seus televisores
por modelos mais modernos com mais frequência, abrindo um gigantesco espaço
para as empresas de reciclagem que surgiriam arrecadando mais e gerando mais
empregos e mais impostos. A prestação de serviços indireta como as de tv a cabo
e lojas de concertos também seriam potencializadas assim como as empresas de
transporte teriam uma maior dinâmica tendo que comprar mais caminhões e
contratar mais motoristas devido ao aumento da carga transportada. Consequência?
aumento da arrecadação de impostos.
É assim que a roda da economia funciona, com todos
trabalhando, todos ganhando, todos gastando e o governo arrecadando para
investir em infra estrutura e bem estar da população. Um país com uma economia saudável
funciona desta forma. Os bens de capital, de serviço e os recursos financeiros
tem que circular. Se as pessoas estão sem recursos financeiros elas não gastam e
consequentemente as vendas caem gerando mais desemprego. Deste jeito,
retornaremos a época do escambo, onde não existia dinheiro apenas a troca de
serviços e produtos. Imagine você pintar uma casa e receber cinco frangos como
pagamento. Infelizmente o nosso modelo tributário é cruel com os mais pobres, a
grande maioria da população brasileira.
sábado, 21 de julho de 2018
O PÚBLICO E O PRIVADO: SEM PARCERIA O BRASIL NÃO AVANÇA
Há alguns anos atrás fomos procurados por uma
empresa. A empresa recolhe ácido sulfúrico de baterias usadas e procurava uma
alternativa para seu uso. Após algumas pesquisas descobrimos que as empresas de
celulose produzem a lama de cal como resíduo do processo de fabricação. Após vários
ensaios e reações químicas chegamos ao gesso agrícola que além de atuar como
condicionador de solo atua também corrigindo alguns outros fatores químicos do
solo em substituição parcial do calcário. Mas vamos ao que interessa: a
tecnologia hoje está patenteada e a empresa Antares Ambiental do Paraná está
produzindo e comercializando o Ecogesso® marca registrada pela empresa e
comercializada no interior do Paraná e de São Paulo. Atualmente
ajustamos o modelo de produção para gesso de construção civil que também está
patenteada. Dois resíduos industriais sendo utilizados para a geração de novos
produtos. Este é apenas um dos exemplos do trabalho do Grupo de Pesquisa
Reaproveitamento de Resíduos Industriais onde já desenvolvemos outras
tecnologias para empresas em relação ao reuso de seus resíduos que tinham como
destino os aterros industriais.
O país tem milhares de pesquisadores capacitados para o desenvolvimento
de novas tecnologias. Eles estão espalhados pelas centenas de Universidades
Federais, Estaduais e até mesmo nas instituições privadas, assim como nos
centros de pesquisa com laboratórios estruturados e equipados. Mas o que vemos são
as empresas buscando estas tecnologias no exterior. Priorizam investir fora do
Brasil em busca do desenvolvimento tecnológico. A nossa balança comercial é o
reflexo deste comportamento. O saldo da balança comercial para produtos de
tecnologia é altamente negativo, ou seja, compramos muito mais produtos tecnológicos
do que vendemos para o exterior. O Brasil precisa de leis mais eficientes
visando fortalecer a parceria público privado no campo da ciência e tecnologia.
O Brasil é um dos países onde a
iniciativa privada menos investe neste setor, com as pesquisas altamente
dependentes dos recursos do setor público, diferentemente dos tigres asiáticos
onde a iniciativa privada investiu pesado no desenvolvimento tecnológico. Enquanto
exportamos uma tonelada de soja a mil reais, importamos uma dose de vacina de
poucas miligramas a dez mil reais. Esta é a diferença de um país com alto desenvolvimento
tecnológico para um país que produz produtos de baixo impacto tecnológico. Esperamos
que o nosso próximo presidente reveja suas prioridades no setor da ciência e da
tecnologia.
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