quarta-feira, 30 de maio de 2018

HORTA CASEIRA: ECONOMIA, QUALIDADE DE VIDA E ANTI CRISE

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Nestes últimos dias percebemos como o sistema produtivo no Brasil e suas inter relações são sensíveis. Oito dias de greve dos caminhoneiros parou o país com falta de gás de cozinha, combustíveis e alimentos, principalmente os produtos hortigranjeiros, mais perecíveis e de baixo tempo de armazenamento. O mercado também é cruel e por conta da baixa oferta. O que restava nas prateleiras dos supermercados tiveram seus preços majorados absurdamente e um outro agravante:  produtos de baixa qualidade. É nesta hora que uma prática comum nas residências há décadas atrás, mas que perdeu espaço para a vida dinâmica e corrida assume importância; as hortas caseiras. Pagamos caro por produtos alimentícios que facilmente poderíamos produzir em qualquer pedaço de quintal e até mesmo em vasos.  Alguém já experimentou plantas couve? Esta planta, todos os dias, durante meses, oferece para você e sua família folhas novas e prontas para consumo. E o tomate cereja? Muito valorizado no mercado com preço elevado. Plante em um pequeno vaso na sua casa. Você irá colher tomates cereja por meses e não dará conta de consumir tudo.  O mesmo podemos falar do jiló, berinjela, quiabo, pimentão, cebolinha e até mesmo a abobora, que cresce em ramas e se espalha pelo quintal. Até mesmo em varandas de apartamentos conseguimos cultivar estas culturas que, além de produzir alimentos praticamente de graça, podem ficar muito bonitas, substituindo as plantas ornamentais no paisagismo do seu espaço residencial. Uma boa terra, adubo orgânico, água e a luz do sol são suficientes para atender as demandas das plantas.  Apareceu plantas daninhas? Arrancamos com as mãos. Insetos? Coletamos manualmente ou aplicamos soluções caseiras com óleo, detergente e fumo. Você terá a garantia de estar produzindo um alimento sem agrotóxicos ou qualquer outro tipo de contaminação. Tem crianças em casa? Ótimo! Elas são muito participativas e gostam desta atividade rural/urbana, principalmente quando se vive na cidade. Consumir o que se produz, para as crianças, é muito importante na valorização do alimento. Você já fez as contas de quanto gasta na feira todas as semanas? Coloque na ponta do lápis e veja quanto você irá economizar. Dê início a atividade em sua casa ou seu apartamento. Ter um pedaço do campo no seu espaço urbano vai fazer uma grande diferença em sua vida.


sexta-feira, 25 de maio de 2018

A FARSA DO PREÇO DA GASOLINA










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Os governos são os grandes responsáveis pelo freio no nosso desenvolvimento, considerando que eles são os grandes controladores de preços dos serviços públicos e aumentam tudo muito além da inflação, além de serem os grandes controladores do valor do dólar. Mas, recentemente li uma reportagem citando que o preço da gasolina no Brasil é o valor da média mundial e que a nossa posição é a 77º em relação ao preço.  Provavelmente o objetivo foi acalmar o ânimo de nós consumidores com uma informação subliminar: “vocês estão reclamando sem razão”.  Como trabalho com bioestatística posso afirmar que os números não mentem, mas enrolam.  Quando falamos em preço da gasolina temos que comparar também as características do país e os salários pagos aos cidadãos. Primeiro ponto a ser analisado: O Brasil faz parte do seleto grupo de países exportadores de petróleo, e dentre eles temos a gasolina mais cara.  No Brasil a gasolina vale US$1,18, enquanto no Kwait vale US$ 0,35, na Arábia US$ 0,54 e no Equador US$ 0,39.  Nos Estados Unidos a gasolina custa US$ 0,78 e até mesmo na Bolívia que levou de brinde uma refinaria da petrobras, ela custa US$ 0,54.  Mas podemos citar que não adianta ter um preço baixo do combustível se a população tem um salário de miséria. Então vamos comparar ao salário mínimo destes países.  Considerando o salário mínimo do Brasil, conseguiríamos abastecer o tanque com 226 litros de gasolina. No Equador, com o salário mínimo local, o cidadão consegue abastecer o tanque com 812 litros de gasolina. No Kwait com 491 litros; na Arábia Saudita, pasmem; 2990 litros. Na Bolívia esta relação é de 412 litros e nos Estados Unidos o cidadão coloca 1305 litros com o salário mínimo mais baixo, considerando que os Estados tem valores flutuantes. Resumindo os números: pagamos muito pela gasolina e ganhamos pouco para pagar por esta mesma gasolina.
Somos auto suficientes na produção de petróleo, temos extensas reservas de pré sal, exportamos petróleo e porque temos que alinhar, por cima, os preços para o mercado interno? Porque os demais países produtores de petróleo podem manter os preços mais baixos para o mercado interno e nós não? Esta pergunta não é muito difícil de responder, vocês não acham?????

quinta-feira, 24 de maio de 2018

BRASIL: AINDA NOS COMPORTAMOS COMO COLÔNIA

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Somos um país rico e pobre ao mesmo tempo. Somos ricos em recursos naturais. Os nossos solos são totalmente aptos as atividades agropecuárias, o clima é favorável e para todos os gostos, desde o calor eterno da região Norte/Nordeste até muito frio e porque não, neve na região Sul, sem contar o Centro Oeste com suas grandes planícies e um pantanal rico em biodiversidade. Mas, toda esta abundância de recursos naturais nos tornou uma nação acomodada. Assim como no nosso período colonial, ainda somos grandes exportadores de produtos básicos e primários, produtos de baixo valor. Exportamos uma tonelada de milho a 700 reais e compramos remédios que custam 10 mil reais a dose e que não pesa mais de uma grama. A cultura do “desenvolvimento” brasileiro não passa pelo nosso desenvolvimento tecnológico, mas pela importação da tecnologia. Quando uma empresa renova seu parque industrial ela importa os equipamentos, considerando mais rápido e vantajoso do que investir no desenvolvimento da tecnologia aqui no Brasil.   Mais de 90% dos investimentos em ciência e tecnologia estão na América do Norte, Europa e Ásia e deste montante cerca de 70% é bancado pelo setor privado enquanto no Brasil, a maior parte dos recursos vem do setor público. Dados de 2013 mostram que os Estados Unidos são os maiores investidores em ciência e tecnologia, em relação ao montante total. Investem 2,8% do seu PIB (Produto Interno Bruto), um montante de 450 bilhões de dólares. O Japão investe 3,4% do PIB ou 163 bilhões de dólares. A Alemanha 2,8% do PIB com um montante de 92 bilhões de dólares. O Brasil investiu apenas 1,3% do PIB e um montante de 31 bilhões de dólares e com a crise que teve início em 2015, os investimentos caíram muito mais. Esta é a nossa diferença para os países desenvolvidos. A educação é outro ponto chave do desenvolvimento, mas que será abordado no próximo artigo.
Apesar de algumas leis de estímulo ao investimento em ciência e tecnologia no Brasil criadas nos últimos anos, as empresas apresentam uma clara tendência em optar pela importação de tecnologia e a nossa balança comercial mostra isto. Apesar do nosso superávit na balança comercial de 67 bilhões de dólares em 2017, quando comparamos apenas os produtos de alta tecnologia, a balança é deficitária em mais de 68 bilhões de dólares.  Exportamos minério de ferro para a China e importamos de lá carros e vagões de trens. Enquanto não mudarmos a nossa mentalidade de colônia fornecedora de insumos primários, continuaremos a ser tratados no exterior como sub desenvolvidos da terra do carnaval, da violência e do turismo sexual.