Nas Savanas africanas um leão espreita um bando
de gazelas. Milhares. Eles, os leões, focam a sua atenção nas recém nascidas,
nas doentes, nas mais velhas e nas mais lentas, afinal irão desprender grande
quantidade de energia na caça, devendo ser de precisão cirúrgica. Mesmo assim,
o índice de sucesso é baixo. Mas a caça foi satisfatória, e desta forma, mais um dia
se passa nas Savanas. Os predadores eliminando as presas mais fracas, velhas e
doentes. Por conta dos inúmeros predadores existentes, as gazelas, logo que
nascem, devem aprender a ficar de pé e correr e quando crescem devem ter
habilidade de gingar para escapar dos predadores e com velocidade. As mais
velhas, estão fadadas a contribuir com a cadeia alimentar, mas sobreviveram
bastante e, provavelmente, geraram descendentes hábeis e as doentes, provavelmente
não conseguiram nem mesmo reproduzir. Resumindo: só sobrevivem as melhores e
mais adaptadas. São milhares de exemplos pelo planeta e em vários setores desde
a área de saúde com as superbactérias até as pragas e doenças na agricultura.
Tudo gera pressão de seleção. Nós seres humanos, graças a nossa habilidade de
pensar e desenvolver tecnologias nos esquivamos o quanto podemos deste processo
de seleção. Graças a esta capacidade conseguimos a cada dia viver mais e com
melhor qualidade. Doenças que até pouco tempo atrás eram tratadas como mortais,
hoje são consideradas praticamente extintas ou de fácil cura. As vacinas nos
protegem, as tecnologias de tratamento e os remédios de elevada eficiência,
tudo pactuando para prolongar a vida do ser humano no enfrentamento das adversidades. Mas, de tempos em tempos, um novo ser microscópico surge tentando
implementar novamente o sistema de seleção natural na raça humana. Quando isto
ocorre, corremos contra o tempo. O primeiro passo é a sua identificação. Quanto
mais rápida a identificação do agente da doença mais eficiente se torna o seu
controle. Mas, as doenças transmitidas pelo ar e de pessoas sem qualquer tipo
de sintoma, que geralmente são mais resistentes, são mais difíceis de conter. Neste
caso, temos que nos isolar e os cientistas de todo o mundo acelerarem o
desenvolvimento de uma nova vacina contra este novo agente patogênico. O
Covid19 surgiu. Tem uma taxa de letalidade de aproximadamente 2,5%. É baixa? Se atingir
um milhão de pessoas, teremos uma média de 25 mil mortos pela doença mas se
atingir 100 milhões de pessoas este número passa para 2,5 milhões de mortos.
Baixa? Enquanto a ciência busca uma solução temos que nos proteger de um vírus
letal que é transmitido pelo ar até que as suas fontes de disseminação reduzam
e a ciência descubra uma nova forma de controle tornando todas as pessoas resistentes a
ele. Devemos proteger, principalmente os nossos idosos, os mais susceptíveis, porque a pressão da
seleção natural está novamente nos testando. Pressão esta que, com certeza,
mais uma vez iremos vencer.
AGROPECUÁRIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
sábado, 21 de março de 2020
sexta-feira, 20 de março de 2020
terça-feira, 17 de março de 2020
A China e seus cavalos de Troia
Há Alguns anos atrás, estava na fila de uma
famosa loja de departamento para pagar alguns produtos quando a minha filha viu
e pediu para comprar uma lata de batatas fritas. Olhei rapidamente para a
embalagem e verifiquei que parecia ser a lata de uma famosa marca americana, a
Pringles. Verificando o preço fiquei animado pois estava bem abaixo do que era
realmente o seu valor e ainda com um longo prazo de validade. Quando observei
mais atentamente a embalagem verifiquei que não era a marca americana, mas com
um nome muito parecido, assim como as cores de sua embalagem. Para completar a
minha apuração mais minuciosa, estava escrito no fundo da embalagem com letras
bem pequenas: Made in China. Rapidamente devolvi a embalagem para a prateleira
da loja e convenci a minha filha a comprar um saco da Ruffles. Preconceito?
Não! Prevenção. A China é o país mais populoso do mundo. São 1,3 bilhão de
bocas para alimentar todos os dias. A China em seu passado recente, há poucas
décadas atrás, era um país miserável onde a pobreza imperava. As mortes
causadas pela fome eram milhões por ano. Comer insetos, escorpiões, cobras, ratos, cachorros, morcegos, faz parte da cultura dos antepassados para não morrer de
fome. Recentemente, no Rio de Janeiro, a vigilância sanitária descobriu
pastelarias de chineses que vendiam pastel recheado com carne de cachorro. O
que é um absurdo para nós é normal para eles. Na década de 70 o cantor Ney
Matogrosso, em uma de suas músicas, cantou o seguinte refrão: “Chinês, come
somente uma vez por mês....”. Hoje eles são a 2ª potência econômica mundial,
mas na produção de alimentos, o controle fitossanitário fica muito a desejar,
diferente do Brasil. Podemos constatar isto nos últimos grandes eventos
cataclísmicos virais que o mundo passou: gripe aviária, gripe suína, dentre
outros e agora o coronavírus que, provavelmente teve origem do consumo de
morcegos na região chinesa. O problema é que conter vírus transmitido pelo ar e
de baixa letalidade é difícil, principalmente depois que se espalha pelo planeta,
ou por falta de identificação rápida ou por má fé.
O Brasil, apesar de estar entre os maiores
produtores mundiais de frango, bovinos, suínos e outros animais para
alimentação humana, não verificamos qualquer tipo de surto por aqui, graças a
nossa eficiente vigilância sanitária agropecuária. Controle de vacinas, na
criação dos animais e dos produtos processados ocorrem a todo momento, com
risco quase zero para toda a população do país e do exterior, pois somos o
maior exportador de carne do planeta. O Brasil sabe produzir e produzir com
qualidade produtos do agronegócio. A China é especialista em produzir outro
tipo de tecnologia, mas não do setor agropecuário. Por isto devolvi as batatas
para a prateleira da loja. Alimento da China? Nem pensar.
segunda-feira, 16 de março de 2020
domingo, 15 de março de 2020
quarta-feira, 11 de março de 2020
terça-feira, 10 de março de 2020
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