Estamos
vivendo um momento de crise no país, crise que teve início em 2014 e que, até o
momento, teima em não partir. Uma crise que atinge todos os seguimentos
incluindo o econômico, social e o político. Há anos apresentamos índices negativos
no nosso produto interno bruto que é a soma das riquezas produzidas por um
país, e no rastro desta situação o desemprego que leva milhões de pais de
família ao desespero, por não conseguir cuidar de sua família. Alguns
aposentados que ganham apenas um salário mínimo, veem crescer o número de
agregados na família e a obrigação de sustenta-los e forçando a queda da renda
per capta. Milhares de pequenos municípios brasileiros sobrevivem das rendas
vindas das aposentadorias e bolsas família e que ajudam minimamente o comércio
local. E os prefeitos, o que estão fazendo nesta crise, além de implorar
recursos atrasados dos governos Estaduais e Federal?
É neste momento que o verdadeiro gestor
municipal se sobressai aos demais. É claro que, por mais criativo que um
prefeito seja, a capacidade de muitos municípios é limitada para sair do buraco
sozinho. Neste momento deveriam entrar em ação os consórcios intermunicipais.
Temos espalhados pelo Brasil diversos consórcios regionais para diversas questões
como saúde, educação, segurança, dentre outros. As propostas coletivas e o
senso comum são integralmente favorecidos quando os municípios abrem mão da
individualidade e trabalham juntos, visando o benefício de todos, sem perder a
autonomia política. A crise é interna mas os mercados internacionais estão se
abrindo com a formatação de acordos e a queda de barreiras tarifárias. A Europa
com seus 600 milhões de habitantes, a China com 1,3 bilhão de habitantes estão abrindo
seus mercados para os produtos brasileiros de forma mais expressiva. As regiões
devem investir em suas vocações e buscar o mercado externo. Os municípios deveriam
seguir os exemplos cooperativistas que se fortalecem através da união. Não adianta um produtor de leite querer
receber três reais pelo litro de leite na fazenda e este mesmo leite custar ao
consumidor cinco reais. O mercado não vai absorver e a lei da oferta e da
procura será cruel com o produtor. E o mercado externo? O leite em pó, os
produtos lácteos de qualidade, com certeza terão mercado lá fora. Os fiscais da
vigilância sanitária destes países visitam o Brasil frequentemente, liberando
ou não a indústria brasileira a exportar para seus países.
Mas, e os municípios,
como eles devem se reestruturar individualmente para sair da crise,
independente da situação do país? Como se estruturar para atrair mais
investimentos, empresas dos diversos setores, empregos de qualidade e que possam aquecer o
comércio e a economia de um município? Vamos iniciar esta discussão no próximo
artigo.
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