sábado, 1 de dezembro de 2018

Os números mentem ou não? A desigualdade social do Brasil


Resultado de imagem para desigualdade social no brasil


Que o Brasil é um dos países mais desiguais do planeta em relação a condição social e distribuição de renda nós já sabíamos, mas a questão sempre foi saber quanto. Para isto as pesquisas oficiais do IBGE apresentam seus valores anualmente através da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o PNAD. Como o processo é de amostragem, assim como acontece nas pesquisas eleitorais, existem as margens de erros, para mais ou para menos.  Estas pesquisas mais recentes mostram que as famílias da classe A (as classes mais ricas) tem ganhos, em média, 22 vezes maiores que as famílias das classes D/E (as mais pobres). Que as famílias com renda superior a 20 salários mínimos ficam com 14,9% da massa de renda do país. Mas, recentemente, os economistas Adriano Pitoli e Camila Saito da Tendências Consultoria resolveram analisar estes dados de uma forma, segundo eles, mais precisa e verdadeira. Com isto descobriram situações muito mais alarmantes em relação as desigualdades sociais no Brasil do que mostram os dados oficiais. Conforme descrevemos, o IBGE informa que a diferença de renda entre as Classes mais altas e mais baixas no país é de 22 vezes, mas nesta nova pesquisa, os valores sobem para 42 vezes, quase o dobro do oficial. E os ganhos das famílias com renda acima de 20 salários mínimos que ficam com 14,9% da renda do país? Nesta nova pesquisa este valor sobe para 38%, quase o triplo do informado na pesquisa oficial.
Não podemos criticar as pessoas empreendedoras e honestas de maior renda, afinal, o seu crescimento foi fruto do seu próprio esforço e trabalho, mas temos uma grande massa de pessoas das classes mais pobres que não tiveram as mesmas oportunidades de crescimento e que são exploradas na sua força de trabalho com reduzidos retornos financeiros, ou seja, trabalham muitas vezes apenas para alimentar a sua família e sobreviver. Esta igualdade de chances deve partir das políticas públicas elaboradas pelos governos Federal e Estaduais, baseadas na educação, saúde, segurança, oportunidades de empreender dentre outros pontos. Por que será que somos campeões mundiais em assassinatos? Não adianta aumentar a segurança pública, essencial nos dias atuais, se não atacarmos a base do problema de forma paralela. Sem a proteção integral das crianças e jovens pelo estado com políticas públicas eficientes continuaremos a ser uma fábrica de bandidos. Imaginem a revolta de um cidadão e de um jovem que trabalha duro 44 horas por semana para ganhar um salário mínimo e sustentar toda a sua família enquanto acompanha pela tv ministros que são agraciados com aumentos de salário que atingem quase 40 mil reais, dois meses de férias, sem contar outros benefícios?
Novos governos são sempre uma incógnita, mas de imediato já sabemos que o efeito cascata que o aumento dado ao STF vai promover no país tornará a nossa nação mais desigual ainda pois quem vai pagar a conta deste futuro rombo nas finanças públicas com certeza será o lado mais fraco da corda, ou seja....

2 comentários:

Unknown disse...

O esposo da minha prima , achou insano o porteiro do prédio de uma amiga dele poder comprar o Ford Escort que foi de seu falecido companheiro . OBS: não teve celular , depois que viu um carroceiro com um , achou ridículo .

agroambiental2000 disse...

Temos que mudar também o nosso comportamento como membros da sociedade....

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