“Ensina a
criança o caminho que deve andar, e mesmo quando for idoso não se desviará
dele.” Esta é uma passagem bíblica e pode ser encontrada em Provérbios, Capítulo
22. E uma outra passagem bíblica em Efésios Capítulo 6: “E vós pais, não provoqueis
a ira dos vossos filhos, mas educai-os de acordo com a disciplina e o conselho
do Senhor”. As passagens bíblicas, apesar de escritas há milhares de anos
atrás, se aplicam cada vez mais aos nossos dias de hoje. As crianças são formadas
tomando como base seu ambiente familiar, a escola e a sociedade do seu entorno.
A quase totalidade delas será reflexo desta sociedade que a acolheu durante a
sua formação e compreensão do que é certo ou errado. A cabeça de uma criança não
é local de experiências sociais e de comportamento mas um grande espaço de aprendizado
sobre o que realmente é certo ou errado; direitos e deveres para uma vida harmônica
em sociedade. Para que isto ocorra é dever da sociedade, da família, da escola
e do poder público cuidar da formação ética, moral e educacional desta criança
mas, infelizmente o Brasil falha, e muito, neste processo. Vamos discutir neste
texto apenas o quesito meio ambiente. Não temos nas grades curriculares das
escolas a disciplina Educação ambiental. O conteúdo deste assunto é discutido
na área de ciências, de forma resumida e teórica, sendo considerado de pouca relevância
em muitas escolas. As crianças valorizam muito os ensinamentos iniciais pois
possuem pouca ou nenhuma base para os questionamentos, sendo a informação certa
ou errada, tomando ela como verdadeira. É o momento de ensinarmos a coisa
certa, aprendizado que levará para o resto de sua vida. As crianças devem
aprender a montar e conduzir uma horta, aprender sobre a sua dinâmica com o
solo, as minhocas, os insetos e no final, se alimentar do que foi produzido com
o seu esforço. Plantar uma árvore frutífera, cuidar dela, e após alguns poucos
anos colher e se alimentar de seus frutos; compartilhar com seus colegas de
escola, levar para casa e compartilhar com a família e doar para seus vizinhos.
Brincar na árvore que lhe forneceu os frutos; observar o aumento do número de
aves com seus diferentes cantos, que se alimentam destes mesmos frutos e fazem
seus ninhos; aproveitar de sua sombra aprendendo que debaixo de uma árvore o
ambiente é mais fresco do que debaixo de qualquer telhado ou laje de concreto. Mudar
cabeça de adulto é difícil, mas as crianças estão com a mente aberta para o
aprendizado. As mudanças no comportamento da sociedade em relação ao meio
ambiente é uma via de longo prazo, mas temos que começar o mais rápido possível
pois estamos ficando sem tempo.
AGROPECUÁRIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
domingo, 16 de dezembro de 2018
quarta-feira, 12 de dezembro de 2018
segunda-feira, 10 de dezembro de 2018
Por que as árvores caem mais nas zonas urbanas?
O
paisagismo urbano é um alivio ao estresse da vida urbana sendo percebido pelas
pessoas e neste sistema incluímos as árvores. As árvores de porte médio ou alto
de grandes copas e folhagens, além do papel estético e visual tem grandes funções
práticas nas zonas urbanas compostas pelos asfaltos das ruas e concretos das
construções, uma delas é aliviar o calor em dias quentes. Enquanto o asfalto e
o concreto absorvem o calor e irradiam para o ambiente as folhas refletem esta radiação
de volta para a atmosfera. Por isto que na sombra de uma árvore a temperatura é
mais amena quando comparada a sombra de uma marquise. Se formos escrever sobre
todos os atributos de uma árvore para a nossa qualidade de vida nas cidades renderia
um grande livro. Mas, apesar de todos os benefícios, alguns fatos devem ser observados
a respeito delas. Em primeiro lugar não podemos esquecer que as árvores são seres
vivos e dependem das condições ambientais para se desenvolver e sobreviver. São
atacadas por pragas e doenças nas folhas, caules e nas raízes, fragilizando-as
ao longo dos anos, tornando verdadeiras armadilhas para carros, fiações, casas
e até mesmo para os pedestres. Existem espécies específicas para arborização urbana,
principalmente as plantadas ao longo das vias urbanas e passeios públicos. As
árvores, de preferência, não podem produzir frutos, desfolhar totalmente no
período do inverno, ter raízes de desenvolvimento tabular que quebram calçadas
e tubulações, dentre outros fatores importantes que compatibilizam as árvores
aos centros urbanos. Mas observamos que os ventos fortes que atinge as cidades
tem derrubado as árvores de forma intensa nas áreas dos passeios públicos,
quebrando o seu tronco ou arrancando-as com as raízes. Em ambientes urbanos,
quando uma árvore é arrancada pela raiz verificamos alguns pontos importantes como
o reduzido aprofundamento das raízes devido a compactação do solo do local para
implantação das tubulações de água, esgoto, rede pluvial, do asfalto e das
calçadas. O crescimento do sistema radicular das árvores deve acompanhar o
crescimento da parte aérea para manutenção do equilíbrio e resistência, mas em
ambiente urbano não temos verificado este comportamento fato que compromete a resistência
aos ventos fortes. Outro ponto que observamos é a presença de raízes
apodrecidas decorrentes da morte pela falta de oxigenação das mesmas causada
pela impermeabilidade dos solos nas áreas urbanas e a presença de pragas
subterrâneas que atacam as raízes conduzindo a morte parcial desta estrutura comprometendo
a sua resistência aos ventos. As árvores são fundamentais na qualidade de vida
nos centros urbanos, mas a falta de cuidado e manutenção pode torna-las
armadilhas perigosas.
sábado, 1 de dezembro de 2018
Os números mentem ou não? A desigualdade social do Brasil
Que o
Brasil é um dos países mais desiguais do planeta em relação a condição social e
distribuição de renda nós já sabíamos, mas a questão sempre foi saber quanto.
Para isto as pesquisas oficiais do IBGE apresentam seus valores anualmente através
da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio, o PNAD. Como o processo é de
amostragem, assim como acontece nas pesquisas eleitorais, existem as margens de
erros, para mais ou para menos. Estas
pesquisas mais recentes mostram que as famílias da classe A (as classes mais
ricas) tem ganhos, em média, 22 vezes maiores que as famílias das classes D/E
(as mais pobres). Que as famílias com renda superior a 20 salários mínimos
ficam com 14,9% da massa de renda do país. Mas, recentemente, os economistas
Adriano Pitoli e Camila Saito da Tendências Consultoria resolveram analisar
estes dados de uma forma, segundo eles, mais precisa e verdadeira. Com isto
descobriram situações muito mais alarmantes em relação as desigualdades sociais
no Brasil do que mostram os dados oficiais. Conforme descrevemos, o IBGE
informa que a diferença de renda entre as Classes mais altas e mais baixas no
país é de 22 vezes, mas nesta nova pesquisa, os valores sobem para 42 vezes,
quase o dobro do oficial. E os ganhos das famílias com renda acima de 20
salários mínimos que ficam com 14,9% da renda do país? Nesta nova pesquisa este
valor sobe para 38%, quase o triplo do informado na pesquisa oficial.
Não podemos
criticar as pessoas empreendedoras e honestas de maior renda, afinal, o seu
crescimento foi fruto do seu próprio esforço e trabalho, mas temos uma grande
massa de pessoas das classes mais pobres que não tiveram as mesmas oportunidades
de crescimento e que são exploradas na sua força de trabalho com reduzidos
retornos financeiros, ou seja, trabalham muitas vezes apenas para alimentar a
sua família e sobreviver. Esta igualdade de chances deve partir das políticas
públicas elaboradas pelos governos Federal e Estaduais, baseadas na educação,
saúde, segurança, oportunidades de empreender dentre outros pontos. Por que
será que somos campeões mundiais em assassinatos? Não adianta aumentar a
segurança pública, essencial nos dias atuais, se não atacarmos a base do
problema de forma paralela. Sem a proteção integral das crianças e jovens pelo
estado com políticas públicas eficientes continuaremos a ser uma fábrica de
bandidos. Imaginem a revolta de um cidadão e de um jovem que trabalha duro 44
horas por semana para ganhar um salário mínimo e sustentar toda a sua família
enquanto acompanha pela tv ministros que são agraciados com aumentos de salário
que atingem quase 40 mil reais, dois meses de férias, sem contar outros
benefícios?
Novos
governos são sempre uma incógnita, mas de imediato já sabemos que o efeito
cascata que o aumento dado ao STF vai promover no país tornará a nossa nação mais
desigual ainda pois quem vai pagar a conta deste futuro rombo nas finanças
públicas com certeza será o lado mais fraco da corda, ou seja....
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Os governos são os grandes responsáveis pelo freio no nosso desenvolvimento, considerando que eles são os grandes controlado...
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As abelhas são insetos que vivem em sociedades extremamente organizadas, produzindo uma série de substâncias muito utilizadas pelo ...