AGROPECUÁRIA, MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
segunda-feira, 26 de novembro de 2018
V Seminário de Pesquisa e Pós Graduação - UFVJM
O programa
de Mestrado Profissional de Tecnologia, Ambiente e Sociedade da Universidade
Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, Campus Teófilo Otoni tem o prazer de
convidar a comunidade universitária e a população em geral para participarem do
V SEMINÁRIO DE PESQUISA DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM TECNOLOGIA, AMBIENTE E
SOCIEDADE que acontecerá entre os dias 28 e 30 de novembro no Campus da UFVJM. O
evento será a oportunidade da sociedade conhecer os trabalhos que estão sendo
desenvolvidos por alunos da pós graduação em prol do desenvolvimento regional.
A programação encontra-se em anexo. O registro dos participantes será realizado
no local e haverá a emissão de certificados.
Atenciosamente
Prof. Alexandre Sylvio Vieira da Costa
Coordenador do Programa de Pós Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade
UFVJM/Campus Mucuri
Atenciosamente
Prof. Alexandre Sylvio Vieira da Costa
Coordenador do Programa de Pós Graduação em Tecnologia, Ambiente e Sociedade
UFVJM/Campus Mucuri
terça-feira, 20 de novembro de 2018
Recuperação ambiental no Brasil: falta vontade política
O rio Tâmisa, um dos cartões postais que atravessa a
Inglaterra e a sua capital, Londres, sempre foi motivo de vergonha para os
moradores. A situação de poluição é antiga, desde o século XIX, nos anos de
1800. Naquela época o rio era chamado pelos habitantes da terra da Rainha
Elizabeth de “o grande fedor”. A
situação de agressão ambiental perdurou por várias décadas, a ponto de ser
declarado “biologicamente morto” pelas autoridades inglesas. A partir da
segunda metade do século passado as autoridades inglesas resolveram tentar
reverter este quadro de extrema poluição do rio iniciando o processo de
despoluição do seu leito, um caminho longo, de muito trabalho e principalmente,
de elevado gasto financeiro. A melhora
lenta e gradual da qualidade das águas do rio já é visível, principalmente com
a observação de inúmeros animais marinhos que haviam desaparecido da região por
conta da poluição. Golfinhos, botos e até mesmo uma baleia bico de garrafa já
foi observada próximo a Londres. Os
biólogos estimam que cerca de 670 focas comuns vivam no estuário, sem contar as
inúmeras focas cinzentas. A presença destes grandes animais na região é um
indicativo de que os estoques pesqueiros aumentaram significativamente na
região.
Estas informações mostram que, mesmo em situações
extremas de poluição, aparentemente irreversíveis, com uso adequado da
tecnologia, vontade política e recursos financeiros é possível reverter quadros
de degradação ambiental extrema. Outros
rios pelo mundo já foram totalmente recuperados, como o rio Cheonggyecheon, em Seul,
que era totalmente poluído e hoje é uma das áreas de lazer da capital sul
coreana, rico em áreas verdes e águas cristalinas. O projeto desenvolvido no
rio é referência mundial em humanização de cidades, não apenas pela despoluição
das águas mas também pela construção de parques lineares que otimizaram o
contato das margens com os moradores. Seul é a sétima maior cidade do mundo em
número de habitantes com cerca de 10,3 milhões de pessoas. Mesmo com o seu grande porte e pressão de
urbanização foi possível recuperar a sua estrutura. Uma outra melhoria
ambiental extremamente importante que ocorreu na região: a temperatura média na
área do canal reduziu, em média 3,6º C em relação as outras áreas da cidade.
Enquanto os sul coreanos e os
ingleses revitalizam seus mananciais de água, no Brasil continuamos a usa-los
como esgoto e lixeira. Situações de poluição como ocorre no rio Paraíba que tem
seu curso passando pelos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro;
do rio Pinheiros e rio Tietê em São Paulo são inconcebíveis, considerando o
grande déficit hídrico que os maiores estados do Brasil tem passado nos últimos
anos. Infelizmente no Brasil, falamos muito, discutimos muito, idealizamos
muito mas, quando avaliamos a prática de implantação dos projetos, verificamos
que ela não existe, ou se existe, são ações muito frágeis e incipientes. O país
deveria reavaliar a sua postura em relação aos recursos hídricos do nosso
território agindo de forma mais efetiva e eficiente na recuperação destes
recursos. Se nem mesmo o efeito olimpíada foi suficiente para estimular os
governos a despoluir a baia de Guanabara, então o que realmente poderia motivar
os nossos políticos a promover a recuperação dos nossos recursos hídricos?
segunda-feira, 19 de novembro de 2018
domingo, 18 de novembro de 2018
A gestão pública não é para incompetentes
Imagine
você adquirindo aquele carro zero quilômetro com tecnologia de primeiro mundo; o
carro de seus sonhos. Mas, ao sair da concessionária, você percebe que as ruas
de sua cidade são esburacadas, que causam danos a estrutura e a suspensão do
carro. Para em um posto de combustíveis para abastecer e a gasolina
“batizada”destrói as válvulas e o comando eletrônico do motor. Resolve sair
para da um passeio e um meliante encosta a arma na sua cabeça e leva seu
carro. Apesar do seguro, é uma situação traumatizante. Neste singelo exemplo
podemos constatar três graves problemas de gestão: falha da gestão municipal
por deixar ruas esburacadas, falha do governo Federal pela deficiência na fiscalização dos combustíveis
e punição aos fraudadores e falha do governo Estadual na segurança permitindo
que ladrões atuem com liberdade sem serem importunados. Nestas horas você
percebe que aquele seu carrinho velho é a melhor solução e que investir muito
dinheiro em um carro de ponta pode não ser vantajoso onde você reside, mesmo
que você tenha recursos para adquiri-lo.
Mostramos
neste caso como a falta de infra
estrutura pode comprometer a economia de uma cidade, de um Estado e de um país.
Muitas cidades querem gás natural via tubulação, mas com a falta de indústrias para
utiliza-lo, será que o custo benefício compensa? Muitos querem ver as estradas
duplicadas, mas será que temos um fluxo de veículos que compense? Queremos aeroportos modernos e
voos para várias regiões do país, mas será que temos público com recursos para
isto?
Muitas
cidades não conseguem atender ao básico de sua Infra estrutura. Milhares de
cidades realizam parcialmente a coleta dos resíduos sólidos nos bairros e ainda
depositam estes resíduos em lixões; despejam todo esgoto das cidades nos rios,
sem citar os esgotos que circulam a céu aberto que comprometem a saúde
principalmente das crianças e as fossas negras que inviabilizam o uso das águas
subterrâneas. A péssima qualidade das estradas vicinais ou de terra, que
comprometem o escoamento da produção agropecuária no período das chuvas.
Educação,
segurança, saúde, transporte, energia, água, esgoto, tudo faz parte do processo
de infra estrutura de uma região que depende da gestão pública. Se os nossos
gestores acham que os empresários nacionais ou estrangeiros irão investir
bilhões de reais em uma região sem infra estrutura, podem se preparar para a
decepção. Enquanto não elaborarem e executarem um planejamento básico adequado
para atrair investimentos, os municípios continuarão sofrendo com o desemprego,
a criminalidade e o êxodo regional.
sexta-feira, 9 de novembro de 2018
Corrupção, corrupção, corrupção!!!
Em todas as minhas turmas tenho o
hábito de começar a disciplina contando uma “historinha” de conscientização
procurando chamar atenção para a ética profissional, o respeito e o nosso papel
na sociedade e a história é a seguinte: Quando Deus foi criar o mundo criou
primeiro o território dos Estados Unidos e disse: - “Neste local ocorrerão grandes
terremotos, furacões e temperaturas muito baixas. Este local será a Europa que
terá vulcões, terremotos e avalanches de neve. Aqui será o Japão e neste local ocorrerão
tsunamis, terremotos e vulcões. Finalmente aqui será o Brasil! Um local
maravilhoso com muita água, mata, animais, aves, sol o ano todo, muitos rios
ricos em peixes, muitas frutas e alimentos em abundância”. Um pequeno anjo ao
lado do Criador ficou confuso e perguntou: “Senhor, por que criaste vários
locais na terra com tantos problemas climáticos e o Brasil um verdadeiro paraíso?”
E Deus respondeu ao pequeno arcanjo: “O
lugar será maravilhoso, mas você verá o “povinho” que habitará oeste país!”. Brincadeiras à parte, porque também sou
cristão, este conto fala sobre a nossa situação como população e como país.
Temos tudo para ser uma grande potência em todos os aspectos, mas continuamos
com uma pedra no sapato que não quer sair chamada corrupção, infelizmente secular
e endêmica no nosso país. Pessoas estão sendo presas pela segunda, terceira,
quarta vez. Todos no escalão político, empresários, doleiros, articuladores,
todos. Pessoas que, mesmo com as operações da Polícia Federal, continuam a
praticar crimes de corrupção com provas de grampo telefônico, dinheiro em
bunker, e até mesmo tentando esconder dinheiro na privada. Já estamos com a arrecadação
de impostos no Brasil, este ano, com mais de 2,1 trilhões de reais, devendo
chegar a 2,5 trilhões de reais até o final do ano e continuamos com escolas
abandonadas, professores mal remunerados, saúde pública no CTI, o país com o
maior número de assassinatos no mundo, disparado, falta de saneamento e milhões
de pessoas na pobreza extrema. Somos um país rico mas estão destruindo a nossa
nação. O roubo, o desvio de recursos, a corrupção está se tornando algo insuportável,
levando milhares de pessoas, de forma direta e indireta, a morte todos os anos.
O Brasil parece aquele desvio na rodovia por conta da obra. Quando o
funcionário libera a passagem todo mundo quer avançar primeiro, passando um na
frente do outro e acaba que atrasa para todo mundo. Será que é muito difícil imaginar
que, se a fila caminhar na ordem o fluxo de veículos será mais rápido? Temos
que exigir mudanças, apurações e condenações mas também temos que mudar.
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