segunda-feira, 3 de setembro de 2018

AS ELEIÇÕES, OS POLÍTICOS MINEIROS E AS VÁRIAS MINAS GERAIS




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Colocar ordem em casa ou no nosso bairro já é difícil, imaginem em um estado como Minas Gerais com 586 mil quilômetros quadrados e uma população de 21 milhões de habitantes. Para se ter uma ideia do tamanho deste estado, sair de Salto da Divisa, no baixo Jequitinhonha até Ituiutaba, no triângulo mineiro, de carro ou de ônibus, você irá percorrer aproximadamente 1.400 quilômetros, distancia suficiente, na Europa, para percorrer de quatro a cinco países. Neste turismo virtual pela Europa, passaremos por países ricos e pobres assim como em Minas Gerais onde passaremos por regiões ricas e promissoras e regiões muito pobres. Esta desigualdade fica clara quando analisamos alguns tipos de acidentes que ocorrem pelas estradas mineiras.
No último dia 27 de agosto, um ônibus fretado pela prefeitura de Araçuaí, uma cidade do Vale do Jequitinhonha, que transportava doentes e enfermos para tratamento de saúde em Belo Horizonte, sofreu um acidente na BR381 e cinco pessoas morreram. Em 2015, um ônibus do Consórcio Intermunicipal de Saúde do Médio Jequitinhonha sofreu um acidente. Estava transportando pacientes de Araçuaí para Diamantina para tratamento. Quatro pessoas morreram. Faço com frequência o percurso entre Teófilo Otoni e Governador Valadares a noite e observo as incontáveis  ambulâncias Fiorino conduzindo pacientes que passam nos dois sentidos da BR116.
Pessoas humildes, pobres, sem recursos, que dependem totalmente dos serviços públicos e são obrigados a enfrentar os riscos das estradas para um tratamento médico. Vamos imaginar também a situação dos feridos. Além de estarem combalidos pela doença, agora com mais um problema de saúde causado pelo acidente. Será que os doentes e enfermos de regiões mais ricas do Estado precisam viajar tanto para um tratamento médico?
Não existe uma Minas Gerais mas várias Minas Gerais. Não vou entrar no âmbito do desvio de recursos e da corrupção do nosso sistema político que corroem os recursos públicos e condenam milhares  a morte ou descrever outros setores como educação e segurança, mas apenas sobre gestão pública. Acredito que a descentralização da gestão pública seria um processo interessante no controle de investimentos e gastos.  Minas Gerais é dividida em macro e microrregiões considerando seus diversos aspectos geopolíticos. Sub governos regionais com conselhos de poder consultivo, deliberativo e de fiscalização permanentes com representatividade do poder público, sociedade civil e usuários e com transparência total das contas públicas e dos investimentos.
Criar oportunidades para investimentos do setor público em infra estrutura para investimentos do setor privado produtivo gerando desenvolvimento econômico e social. As eleições estão aí. Vamos pensar bem em quem votar.


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