O Brasil possui atualmente 5570 municípios,
uma população de aproximadamente 207
milhões de pessoas e um número estratosférico de políticos. Segundo informações de sites especializados, são
aproximadamente 69.620 políticos eleitos. Este número supera a população total de
mais de 90% das cidades brasileiras.
Somente o Congresso Nacional com seus 513 Deputados e 81 Senadores
custam para os cofres públicos cerca de 11 bilhões de reais por ano. Mas vamos
descer alguns degraus e chegar aos municípios.
O Brasil tem atualmente 11.140 prefeitos e vice prefeitos e, pasmem,
56.810 vereadores. Apesar desta
infinidade de políticos inseridos nas gestões públicas municipais “trabalhando”
para o desenvolvimento, segundo o IBGE, entre 2016 e 2017, 25% dos municípios
brasileiros apresentaram uma redução do tamanho da população. Este fato não aconteceu porque o número de
mortes superou o de nascimentos mas
devido principalmente a migração. Cidades que não oferecem as mínimas condições
de emprego, educação, saúde e pespectiva de vida para os adultos e jovens que
buscam nas cidades maiores uma situação
digna de vida. Municípios que tem gestores no executivo e no lesgislativo sem a
mínima capacidade de gestão pública. Municípios que vivem da renda de
aposentadorias e do bolsa família, sem a
mínima capacidade para geração de riquezas. Municípios que sobrevivem dos míseros repasses dos governos
do Estado e da União para não decretar a falência completa.
Mas, por que estamos abordando
este assunto? Por que existe no Congresso Nacional um projeto de lei
autorizando a criação de mais 309 municípios no Brasil. Isto mesmo! Mais 309 prefeitos, 309 vice prefeitos e mais uma
infinidade de secretários municipais e vereadores. Milhares e milhares de novos políticos em busca de dinheiro de uma teta que está
praticamente seca. O tema principal para
o aumento da arrecadação no Brasil é o aumento dos impostos , mas cortes de
gastos nas máquinas públicas e uma revisão do nosso sistema político não entram
em pauta, muito pelo contrário, estão querendo inchar o sistema cada vez mais. Levantamento feito por diversos organismos
internacionais mostram que o Brasil é um dos países que mais cobram impostos no
mundo e o de pior retorno para a população em relação as políticas públicas,
bens e serviços. Temos que refletir se
precisamos realmente de novos municípios ou de gestores municipais do executivo e do legislativo
mais eficientes em suas tarefas e funções.
Um comentário:
Na verdade o necessário é diminuir o número de municípios brasileiros e nunca aumentar, tem que voltar a ser distrito o lugar que não tem condições de se sustentar por falta de condições financeiras.
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