Segundo o último documento da Unicef sobre mortalidade infantil no mundo, entre os anos de 1990 e 2015, houve uma redução nestes índices quando se avalia crianças abaixo de cinco anos de idade. Nas regiões desenvolvidas do planeta este índice caiu em 60% neste intervalo de 25 anos enquanto que nos países em desenvolvimento a queda foi de 53%. Mas, apesar desta queda na porcentagem, os valores de mortalidade nos países desenvolvidos são muito dicrepantes em relação aos países em desenvolvimento, onde incluimos o Brasil. Nos países desenvolvidos os valores de 2015 foram de cinco mortes para cada 1000 crianças nascidas vivas enquanto nos países em desenvolvimento, estes valores foram de 33 mortes para cada 100 crianças nascidas vivas. Mas, quando verificamos os resultados do Brasil neste período, realmente temos que nos orgulhar, em parte. O lado positivo é que conseguimos reduzir a mortalidade infantil no país em taxas muito maiores que o do grupo dos países em desenvolvimento, onde estamos incluidos. Entre 1990 e 2015 a redução da mortalidade infantil caiu em 74%. Em 1990 eram 61 crianças mortas até cinco anos de idade para cada grupo de nascidas vivas e em 2015 esta taxa caiu para 16. Apesar desta nossa grande evolução ficamos atrás de alguns países vizinhos como o Uruguai, a Argentina e o Chile.
Devemos avaliar vários aspectos destes números considerando que temos um país de dimensões continentais, muito maior que os demais vizinhos latinos e com uma população também muito maior com mais de 200 milhões de habitantes. Mas, uma grande parte destas mortes de crianças ocorre devido as questões básicas como falta de saneamento básico e sub nutrição. Ainda temos esgotos a céu aberto em várias cidades do Brasil, famílias inteiras vivendo em lixões, que ainda persistem em várias cidades, sobrevivendo da coleta de materiais recicláveis em meio a todo tipo de sujeira e contaminação, isto quando não estão a procura de alimentos. Os nossos rios continuam como depósito de esgoto, pois a maioria das cidades não possue estação de tratamento de esgoto. Famílias inteiras desempregadas e sem qualquer fonte de renda, esquecidas por este país e que não tem condições de suprir o mínimo necessário para alimentar seus filhos, principalmente os menores e mais vulneráveis.
O país evoluiu nestas últimas décadas mas se não fosse a má gestão política dos recursos financeiros e o câncer da corrupção muitos milhões de vidas de crianças poderiam ter sido salvas e muitas outras que irão morrer por carência de infra estrutura e condição básica de alimentação e saúde por falta de recursos públicos desviados pelos ladrões de colarinho branco.
THE SUFFERING OF A GENERATION
According to the latest Unicef document on child mortality in the world, between 1990 and 2015, there was a reduction in these indices when evaluating children under five years of age. In the developed regions of the planet this index fell by 60% in this 25 year interval while in the developing countries the fall was 53%. But despite this decline in the percentage, the mortality figures in developed countries are very dissimilar to developing countries, where we include Brazil. In developed countries the values of 2015 were five deaths per 1000 live births while in developing countries, these figures were 33 deaths per 100 live births. But when we look at the results of Brazil in this period, we really have to be proud, in part. On the positive side, we have been able to reduce child mortality in the country at rates much higher than that of the group of developing countries where we are included. Between 1990 and 2015 the reduction in infant mortality fell by 74%. In 1990, 61 children died to five years of age for each group of live births, and in 2015 this rate fell to 16. Despite this great evolution, we are behind some neighboring countries such as Uruguay, Argentina and Chile.
We must evaluate several aspects of these numbers considering that we have a country of continental dimensions, much larger than the other Latin neighbors and with a much larger population with more than 200 million inhabitants. But, a large part of these deaths of children occurs due to the basic issues like lack of basic sanitation and sub nutrition. We still have open sewers in various cities in Brazil, entire families living in dumps, which still persist in several cities, surviving from the collection of recyclable materials in the midst of all kinds of dirt and contamination, this is when they are not looking for food. Our rivers continue to be sewage, since most cities do not have a sewage treatment plant. Whole families unemployed and without any source of income, forgotten by this country and unable to provide the minimum necessary to feed their children, especially the smallest and most vulnerable.
The country has evolved in these last decades but if it were not for the poor political management of the financial resources and the cancer of corruption many millions of children's lives could have been saved and many others that will die for lack of infrastructure and basic condition of food and health For lack of public resources diverted by white-collar thieves.
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