quarta-feira, 16 de maio de 2018

O EFEITO EM CADEIA DA DESTRUIÇÃO DO MEIO AMBIENTE

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Existe uma teoria que aborda a relação entre os seres vivos e o meio ambiente do planeta e que tudo está interligado. A teoria cita que a borboleta que está voando neste momento, batendo suas asas, lá na China está, de alguma forma, provocando um efeito ambiental aqui no Brasil. Bem, exageros a parte, sabemos que o meio ambiente de todo o planeta está interligado de forma mais ou menos intensa. Vejamos a Amazônia. A maior floresta tropical do planeta mantém a atmosfera da região sempre úmida, com muita água na forma de vapor que atinge grandes altitudes. Estas extensas massas de água são barradas pela cordilheira dos Andes e, por movimentos de massa de ar avançam pelo Brasil, atravessando o Centro Oeste até atingir o Sudeste onde intensifica as chuvas. Caso a Amazônia seja devastada, este movimento de água será extremamente reduzido comprometendo consideravelmente as chuvas em várias regiões do Brasil, tornando o nosso clima mais seco e árido, interferindo no meio ambiente, nas espécies vegetais e animais e principalmente na agricultura e na pecuária. Apesar deste macro problema podemos também caracterizar alterações ambientais locais onde uma ação ou um conjunto de ações, por menor que seja, pode comprometer todo o ciclo biológico de uma região. As bacias hidrográficas por exemplo. As matas e florestas sempre alimentaram o ciclo das águas, os rios e a qualidade de suas águas, sem enchentes ou secas freqüentes, sustentando os animais e toda a cadeia alimentar. Enriqueceram os solos com matéria orgânica e nutrientes, mantiveram o clima regional aumentando a umidade relativa do ar, dentre diversos outros benefícios. A retirada das matas de forma extensiva para implantação de sistemas agrícolas e pastagens compromete todo o ciclo climático e biológico.  O desmatamento gera erosão dos solos com partículas que se depositam nos rios provocando os assoreamentos. A matéria orgânica e os nutrientes do solo desaparecem sendo carregados também para dentro dos rios causando poluição, tornando a água contaminada para animais e plantas. Com a erosão, as águas das chuvas reduzem a infiltração no solo e a sua capacidade de armazenamento, tão importante durante o período da seca, extinguindo as nascentes e provocando grandes enchentes nos períodos chuvosos e grandes secas no período de inverno. Com a redução da evaporação da água pelas florestas a umidade do ar tende a diminuir e a temperatura aumentar criando um verdadeiro clima de deserto. As chuvas diminuem e se tornam irregulares com pancadas fortes e esporádicas e surgem grandes períodos de verânicos, ou seja, períodos secos em pleno período das chuvas. Os animais desaparecem, migram ou morrem, comprometendo a renovação das matas pela dispersão de sementes.

Este efeito em cadeia mostra que, se o produtor trabalhar de forma inadequada na sua propriedade a sua ação irá refletir no vizinho e na região do seu entorno. É importante que a consciência seja coletiva, pois uma andorinha sozinha não faz verão.

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